O candeeiro sobre a mesa mal arranjada, com uma das pernas mais curtas, com livros a fazerem-lhe o jeito. Já não me lembro de o ver desligado e madrugada adentro, vai-se encurtando a montanha de livros ao lado da cama. O rádio antigo faz ouvir o roer alto do disco a caminho de desfeito e a música fica pelo mesmo som uma mão cheia de tempo. Um mosquito chato remói em volta da minha orelha. A música não vai para além do estar quieta. Baixo um pouco o candeeiro e o mosquito voa, poisa na lâmpada a ferver, cai ao chão a imitar uma pedra. Dum canto ao outro da boca, sorrio.
Não me lembrava de gostar do Verão assim.
2 comentários:
sádico .. iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Lindo
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