11 setembro, 2011

sessenta e oito



Chamar-te "querida" a puxar-te do braço, vincar os lábios a imaginar que alguém nos tem estado a ver. Tu com os teus óculos e estilo (sem demasiado esforço) de miúda vinda dos anos 60, eu com roupas do paizinho e sapatilhas que me custaram os olhos da cara (bem que pagavam uma viagem nossa). Só precisamos de uns trocos para o depósito cheio e um rádio velho, lá acabo por perceber.
Sempre que inventas quem queres ser afinal, apaixono-me. Tu és tu e mais mil gente. E amo-vos a todas.

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