16 outubro, 2008

seis

Uma árvore torta da janela, a cair para o meu lado, a dar-me sombra no canto do olho fechado. O candeeiro estreito, com a luz a tombar para a página revirada no canto. Os pés em círculos a virem ter comigo de novo. O sinal feio a crescer de dentro para fora e a saudade a crescer ao contrário. A crescer do peito, a perfurar carne, a morar no avesso do corpo. Na voz. A vir ter comigo. 
Parabéns meu amor. Esqueceste tudo o que nos havia de caber no peito. Parabéns.

do que há de nós ainda, sobro eu.

Sem comentários: