22 novembro, 2008

nove

O comboio cheio, a tombar pelo caminho adentro, e o sinal de fumo atrás, pelo meio das árvores. Eu sentado, de mãos à volta dos joelhos, a parecer-me contigo, a lembrar um gato preto. As mãos a fazerem sombras nas pálpebras dos olhos castanhos. O fumo a alastrar em rios negros de fumo preto, a morar no céu por cima. O dia a nascer num carrossel de luz a dar nos olhos. Vou-me embora. Trago-te comigo. Prendo um lápis ao céu e não largo nunca, para saber de onde foi que vim e para onde vou com a viagem. 

2 comentários:

Guardião disse...

:O Mas que lindo, está mesmo espectacular.

AF disse...

Porque é que tens de ser tão especial pá? :)