01 novembro, 2009

quarenta e três


Vamos vestir pele de monstro, lutar a caminho de casa pelo trilho de terra, ver quem rouba o sol primeiro. Trocar o som da chuva pela minha música preferida, ter-te à minha volta em tudo e esquecer-te à mesma. É a pele de monstro que quero. Quero sorrir e sentir outra pele por cima, a esticar, ter uma espada na mão e os olhos postos no sol. Roubá-lo e ver o que tem dentro. Dá-lo a uma menina de olhos castanhos qualquer. Tenho o arco e a flecha, o meu melhor sorriso, o bolso cheio de pedras. A segunda pele vestida. Tenho o coração aos saltos e um poema sabido de cor. Vim o caminho todo a contar quanto tempo falta para ter as mãos maiores, os pés gigantes, a cauda e a coroa posta, uma cara nova.
A minha casa. Terra-mãe.

rumpus!

1 comentário:

Guardião disse...

Fantástico, apenas e só fantástico.