14 novembro, 2008

sons de dentro VI

Não é que não me deixes nunca, mas o sempre é pouco. Também não quero para lá de um "muito tempo" porque há raízes a querer crescer. É por aqui que o corte da planta não dói. Mais um segundo e vêm saudades, tudo de novo. Desta vez tem de passar o tempo a correr, eu a não dar conta. Eu de olhos fechados, a imaginar os contornos dos teus também fechados. A saudade não é nenhuma agora. 
Não há que haver depois.
Amanhã, a saudade ao quadrado e depois pior.
A saudade elevada ao número de passos dados à volta do mundo. 
A saudade ao cubo...

Não me deixes nunca.

2 comentários:

AF disse...

Gosto tanto de te ler,
'baraka'! x)*

Guardião disse...

Muito bom, muito especial.
Ui, adorei adorei a imagem :O